Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

“…e a mãe de Jesus estava lá” (Jo 2,1).

Imaginem o quanto seremos felizes no leito de morte, onde poderemos afirmar com total sinceridade: “Ó Imaculada, pela tua misericórdia consagrei a ti toda a minha vida, por ti trabalhei, sofri e agora morro por ti. Sou teu!… Que paz, que alegria encherá o nosso coração na esperança de vê-la logo. E como será o encontro no paraíso?” (EK 149).

Os SS precisavam da cela 18 vazia. A maioria dos prisioneiros já tinha morrido, só ficaram uns poucos, entre os quais Padre Kolbe. Os SS mandaram chamar um dos seus “médicos” da enfermaria. Ele chegou e injetou em cada um dos prisioneiros ainda vivos uma dose de ácido fênico. A morte chegou em poucos segundos.

A testemunha, Borgowiec, contou que Maximiliano tinha estendido o seu braço, mas no momento da injeção ele não teve a coragem de olhar e, portanto, saiu da cela por um breve período. Quando voltou todos os prisioneiros estavam mortos. Os seus rostos mostravam os sinais do sofrimento sofrido, com exceção de Padre Maximiliano, que estava sentado encostado na parede, com a cabeça inclinada para o lado. Diferentemente dos outros, os seus olhos estavam abertos e o seu olhar era fixo, como se estivesse em outra dimensão transcendente. “Nunca mais esqueci aquele olhar”, lembrou Borgowiec. A visão que podia entrar na eternidade permitiu a Maximiliano morrer sereno, porque ele estava bem ciente das palavras do salmista: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos justos” (Sl 116,15). Olhando para o corpo de Maximiliano, Borgowiec lembrou-se da sua voz que em todo momento encorajava os seus companheiros de prisão a cantar com ele:

Andró a vederla um dí…         Andarei a vê-La um dia…
Le andró vicino al trono          Sim, eu andarei pertinho do Seu trono
Ad ottenere um dono              E obterei dela um dom
Um serto di splendor.             Um pedacinho do Seu esplendor.             

Era o dia 14 de agosto de 1941, vigília da Assunção da Virgem Maria. O Céu permitiu que Maximiliano morresse por último, de tal modo que ele pôde guiar cada alma na hora da morte.

Levaram os corpos para o forno crematório. No dia 15 de agosto, festa da Assunção, enquanto a Igreja proclamava: No céu apareceu um sinal grandioso: “uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap. 12,1), o corpo de Maximiliano foi cremado no forno de Auschwitz e as suas cinzas foram dispersas no vento.

Não foram os SS que escolheram a data da entrada de Padre Maximiliano no Céu. Foi a sua Rainha, em pessoa. (Dr. Diem).

Oração: São Maximiliano Kolbe, tu que consolastes e servistes como sacerdote os prisioneiros e te consumastes no martírio por amor ao próximo, aquele pai de família, peça a Jesus que transforme os homens do mundo inteiro. Todos admiram a tua coragem, a tua força, a tua fé, a tua caridade. Que também sejamos capazes, não só de admirar, mas de nos doarmos, de dedicação, de disposição, de generosidade, de sinceridade, de solidariedade, de justiça e respeito mútuo. Infunde em todos nós, ó São Maximiliano, pela força da tua oração, o desejo de nos empenharmos verdadeiramente na construção do Reino de Deus, usando todos os meios acessíveis, até doar a nossa própria vida, se assim for necessário. Amém!

São Maximiliano, mártir pelo amor e pela fé, rogai por nós! 

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós e por todos quantos a Vós não recorrem, de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por todos aqueles que a Vós estão recomendados. 

Amém!

Pai Nosso / Ave-Maria / Glória ao Pai por sua intenção.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

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