Não entregues tua alma à tristeza…” (Eclo 30, 22). De todos os sentimentos, para mim, o mais difícil de vivenciar é a tristeza. A alegria sempre foi natural na minha alma. Desde a infância, sempre gostei muito de cultivar a alegria, de fazer as pessoas próximas rirem também. Até a saudade, as dores da perda são, na minha vida, mais leves que a tristeza.

A outra face do sofrimento deve ser o sorriso

A alegria do coração é a vida do homem, um inesgotável tesouro de santidade” (Eclo 30, 23). Santa Tereza de Calcutá escreveu em uma de suas cartas que “o meu segundo propósito é o de tornar-me uma apóstola da alegria (…) – Quero sorrir – mesmo para Jesus – e assim ocultar mesmo a Ele – se possível – a dor e a escuridão da minha alma.”*  

A alegria é um dom e, como todos os dons, vem de Deus. Acredito que o sofrimento deve ter, como outra face, o sorriso. Se assim procedemos, dizemos a Deus que aceitamos o fardo. Se não, parece que ficamos devendo alguma coisa a Cristo, como se a vontade Dele fosse aceita por mim somente por obrigação. Claro que não é fácil sorrir nos reveses da vida. Mas é uma decisão que podemos tomar e é o melhor caminho para viver e ser feliz.

O sorriso me liberta das minhas dores

Santa Teresinha do Menino Jesus disse: “O coração é meu, pode sofrer. O rosto é do meu irmão, deve sorrir.” E ela teve a alegria como um mandamento de vida. Muitas vezes chorei sorrindo e meu sorriso me consolou. Meus olhos expressam minhas dores, mas meu sorriso me liberta delas. Sorrir diz primeiro a mim, que é necessário lutar, não se entregar; e depois diz ao irmão que vale a pena viver e carregar no bolso um sorriso para distribuir nos momentos em que a desesperança bate à porta, “pois a tristeza matou a muitos e não há nela utilidade alguma” (Eclo 30, 25). Então sorrio e, como consequência, colho frutos de alegria, fonte de juventude e leveza da alma, de esperança, de força, de aceitação…   

Assim sendo, sorrindo mesmo sofrendo, vejo a face de Jesus na minha frente, que sofreu com a serenidade e a alegria de quem sabe onde estão escondidos seus tesouros.

Nem as piores dores são inconciliáveis com a alegria

Vejo que ser feliz, independentemente das dificuldades que enfrentamos, é um grande amadurecimento. Uma alma preparada e forte aprende que nem as piores dores são inconciliáveis com o dom da alegria e com a paz que ele proporciona.

A alegria deve ser premente e deve sempre remeter-nos à lembrança da finitude da vida, da inconstância dos dias, da certeza de que aqui não é lugar de repouso ou de descanso das dores e das dificuldades… Aqui é lugar de luta, de romper cárceres, de aprofundar no mais íntimo da alma, do coração e ali encontrar Deus… Minha maior alegria… Que seja a sua também!

*Venha, seja Minha luz – os escritos privados as santa de Calcutá. Ed. Petra, pág. 180.

Viviani Melo                                                                                                                                                                Membro de aliança da Comunidade Mel de Deus
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