Nos dias 1 a 7 de abril, aconteceu no Recanto Mel de Deus, a Semana da Misericórdia, onde somos convidados a voltarmo-nos a celebrarmos com piedade e devoção a grande Misericórdia de Deus por nós.
A Festa da Misericórdia foi criada pelo desejo de Jesus que foi transmitido pela Irmã Faustina. O Senhor Jesus disse-lhe: “Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (Diário 299).
Quero que a Festa da Misericórdia seja refúgio e refúgio para todas as almas, especialmente para os pobres pecadores. Neste dia, abrem-se as entranhas da Minha misericórdia, derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. Cujas almas se confessarão e comungarão, receberão o perdão completo dos pecados e castigos. Nesse dia se abrem todas as comportas de Deus por onde fluem as graças (Diário 699).
E para ficar mais especial, celebramos também, neste semana os 15 anos de fundação da Comunidade Mel de Deus, com a presença de cinco sacerdotes que fizeram parte da história da Comunidade nestes 15 anos: Padre Adonias, Padre Severino, Frei Hoslan, Frei Cristiano e Frei Josué!
Confira como foi!
1º dia – Padre Adonias
No primeiro dia, tivemos a celebração da Santa Missa feita pelo Padre Adonias, sacerdote diocesano, que esteve presente na Santa Missa de fundação da Comunidade Mel de Deus.
Em sua homilia, Padre Adonias disse:
“Vamos à Galileia. Vamos à Galileia ministrar os milagres que Ele realizou. Vamos à Galileia realizar as curas que Ele realizou. Vamos à Galileia também esperar pelo dia de Pentecostes, como Ele pediu que esperássemos. O Senhor nos pede que retornemos a este primeiro amor, para voltarmos a essa fé, essa alegria, essa esperança. Para não deixarmos morrer a esperança, a fé, a confiança de que tudo pode ser transformado. A dor já não existe mais. O sofrimentojá não se lembra mais. A alegria tomou conta do nosso coração e curou toda a dor. Nós fomos curados, pelas suas chagas fomos curados! E Ele nos trouxe essa redenção, essa libertação. Pela sua Misericórdia, nós fomos curados. É agora é hora de celebrar, de comemorar, de alegrar, de anunciar ao mundo a ressurreição do Senhor! É hora de proclamar aos quatro cantos do mundo que Ele está vivo, que está entre nós, que não está mais morto naquele túmulo, mas que Ele está vivo, persevera junto de nós, em uma eterna Páscoa da vida da Ressurreição. Alegrai-vos, irmãos, comigo, alegrai-vos com toda a Igreja, alegrai-vos os seus corações, mesmo diante de todos os desafios. ALEGRAI-VOS!”
2º dia – Padre Severino
No segundo dia, a celebração da Santa Missa ficou por conta do nosso padrinho espiritual, Padre Severino, que de forma simples e profunda, falou muito aos nossos corações!
“Todo encontro com Jesus Ressuscitado deve fazer nascer em nós a necessidade de sermos missionários, de sermos anunciadores da Palavra de Deus. De levarmos aos outros o anúncio da Salvação. Como é que eu vou fazer para anunciar e convencer as pessoas que Jesus ressuscitou? Sinceramente eu não sei. Eu não sei que palavras a gente vai usar para convencer as pessoas que Jesus ressuscitou. Não sei quais são as palavras, mas eu sei qual é o modo de fazer esse anúncio. É com o testemunho de vida! Com qual convicção Madalena anunciou, de forma brava, que Jesus ressuscitou? Com a convicção de que quem experimentou a Ressurreição! Elá já tinha sido renascida. Nós estamos aqui porque já tivemos uma experiência de ressurreição em nossa vida. Nós já somos ressuscitados em Cristo Jesus!”
3º dia – Frei Hoslan
No terceiro dia, tivemos uma belissíma Santa Missa celebrada pelo Frei Hoslan, cheia da graça e da unção do Espírito Santo!
Sobre os sinais de Deus, o Frei Hoslan disse:
Mas o Senhor, Ele não faz os sinais para satisfazer os nossos caprichos. O Senhor não faz sinal para verdadeiramente provar que Ele é forte. Todo sinal do Senhor é para conduzir os corações à Salvação, e o maior sinal que o Senhor pode fazer é nos conceder a graça da conversão. O maior milagre que nós podemos experimentar nessa vida é mudar o coração revoltado, frio, distante para uma comunhão sincera, profunda com Nosso Senhor Jesus Cristo.
4º dia – Frei Cristiano
No quarto dia, o Frei Crsitiano presidiu a Celebração. O Frei falou da importância de enxergarmos a nossa consagração como um ato de verdadeira liberdade e não como um fardo, como muitos hoje em dia pensam:
Eu lembrava mais cedo que as pessoas falam assim, principalmente para nós consagrados: “Nossa, ser consagrado é difícil, né?”
É assim que as pessoas pensam, que ser consagrado é um fardo, um peso. Porque a gente olha a Cruz como algo da morte, do peso, do fardo.
Hoje Jesus está mostrando um Crucificado Vivo, um Crucificado livre, um Crucificado que está no meio de nós, que convive conosco, ou seja, a pessoa que faz a experiência de Jesus vê o outro lado da Cruz, vê além da Cruz, é capaz de perceber que ser consagrado não é um fardo, é ser livre; não é uma morte, mas uma vida.
Que ser família, por exemplo, é uma liberdade. Que é bom ser pai de família, é bom ser mãe de família, é bom ser família.
O homem e a mulher de Deus que faz a experiência do Cristo, da paz, vai entender isso. Então, não é um fardo ser consagrado. Claro que temos dificuldades, como todos, mas uma liberdade.
E deixou um convite aos fiéis!
E aqui deixo um convite. Aliás, é um convite, um alerta para você que tem medo de se consagrar, pra você que tem medo de dar um passo a mais na sua fé. “Ah, seu eu for todo domingo para a Igreja, eu vou fivar preso”. Você vai ficar livre porque a Cruz não é pra te prender. A Cruz não é pra te escravizar. O Cristo não é para isso.
Pelo contrário, Ele é livre, Ele é vivo, Ele é comunhão, Ele está no nosso meio.
Você que está pensando se vai voltar para a Igreja, você que está pensando se vai buscar aquele sacramento, você que está pensando se vai se consagrar, aquele que é Deus, que abraça a Cruz, será livre, será mais vivo, entrará numa outra dimensão, numa outra vida, num outro momento da sua espiritualidade, que somente de lá debaixo, olhando para Cruz, você não era capaz de fazer.
Tríduo da Misericórdia – Frei Josué
E para fechar com chave de ouro a Semana da Misericórdia, nosso querido pai espiritual Frei Josué celebrou o Tríduo da Misericódia, com três Santas Missas belíssimas, repletas da presença de Deus, vígilia diante do Santíssimo Sacramento, oração do Terço da Misericódia, benção dos quadros de Jesus Misericordioso! Foram momentos cheios da presença de Deus, onde verdadeiramente pudemos viver o Céu na Terra!
Como não acreditar num Deus desse? Como não acreditar numa devoção tão linda?
É uma pena que muitos ainda, nas nossas paróquias, parecem que não conseguem compreender. Talvez não seja por maldade, mas por falta de conhecimento. Mas essa é uma devoção que eu e vocês temos que levar, porque Jesus disse que é a última tábua de salvação.
Tábua de salvação significa que teve um naufrágio, todo mundo se afogou, você conseguiu se salvar onde?
Boaiando sobre uma tábua. Literalmente, você vai chegar a uma ilha ou vai chegar o socorro, você vai ser salvo por aquela tábua.
É uma coisa tão tão simples, mas tão poderosa. Um Deus que nos perdoa, não porque mereçamos, mas porque precisamos.Um Deus que usa de amor, que nos constrange. Quanto mais nós o ofendemos, mais Ele vai atrás de nós. Um Deus que se humilha e nós tão arrogantes, tão orgulhosos, se alguém fizer alguma coisa contra mim, não perdoo, não esqueço, quero a justiça. Mas Deus não é assim, Sua Misericórdia é tão grande, tão grande, por isso, aproveitemos, recebamos hoje esse perdão, essa graça!
Acolhendo a mensagem dessa Semana da Divina Misericórdia, acorramos ao encontro da graça que nos é oferecida pelo Sacramento da Confissão e experimentemos o amor de Deus derramado sobre nós como comunidade de irmãos, testemunhando a todos que o “Senhor é bom e eterna é a sua misericórdia”.
“Jesus, eu confio em vós!”