Meu nome é João Batista, em 24/09/2023 eu faria 10 anos!

Eu era doente desde o ventre, mas meus pais não me abortaram, eles me amaram!

Assim fui concebido… Lembro-me da primeira vez que o Frei Josué falou de mim para a minha mãe, eu tinha apenas 08 semanas. Eu estava no ventre, era bem pequeno, mas lembro-me perfeitamente quando ele anunciou que minha vida seria diferente, mas, que mesmo assim, minha mãe seria muito feliz. Escutei as batidas do coração dela naquele momento, e o medo que ela sentiu da missão que eu seria na vida dela. Mas seu coração aceitou essa verdade.

E por Misericórdia de Deus, tudo se transformou em muita alegria. E assim foi durante todo o tempo em que estive guardado no ventre de minha mãe. Meus pais não sentiam medo, eles planejavam uma vida comigo e sentiam muita confiança no Deus Altíssimo, que me formou assim.

Foi depois de uma Santa Missa de São Padre Pio, lá na pequena capela da primeira casa da Comunidade Mel de Deus que dei sinais de que viria ao mundo. Eu me lembro que minha mãe era muito encantada com a vida de São Padre Pio, leu vários livros sobre ele, e pediu um sinal, para que ele a aceitasse como sua filha espiritual. Então, depois da Santa Missa do dia de São Padre Pio, a bolsa que me guardava arrebentou, e às 3h da manhã, na Hora da Misericórdia, nasci. 

A minha vida foi difícil e banhada de muita dor e sofrimento, mas eu sempre ouvi meus pais falarem o quanto conseguiram ver Deus através de mim, e isso me deu muita força para conseguir terminar com amor toda a missão que Deus me confiou.

Minha vida pode ter sido considerada inviável para a humanidade. Mas para Deus, o sentido da viabilidade não está na perfeição da saúde da vida humana e sim em todo bem e favor que qualquer vida que realize a Vontade de Deus faz para o mundo. 

A minha vida e, principalmente a minha partida, fez com que os meus pais sofressem muito, mas eles entenderam que o sentido do amor está em aceitar, de forma plena, tudo o que Deus quer para nós, para nossa vida, mesmo que temporariamente traga dificuldade e dor. 

Eu vivi por 3 anos e 6 meses, sob os cuidados de minha mãe, Maria Santíssima e do meu pai, São José. E foi assim, que no dia 19 de março, dia de São José, entrei na Glória. Retornei para o Céu e vivo toda a abundância que um cristão autêntico encontra depois de uma vida longa ou curta, mas que aceita e realiza a Vontade do Pai.

Minha mãe tem pedido minha intercessão para que no nosso país não seja aprovado o aborto de crianças inocentes. E eu tenho feito isso. Peço a Deus, todos os dias, que os cristãos não desistam da luta e que se armem sempre da Eucaristia, da confiança, da oração, da perseverança na fé e da força de nossa Mãe, Maria Santíssima. Peço a Deus que os seres humanos entendam que não podem decidir quem deve viver ou morrer, que só o Criador pode conceber ou encerrar uma vida, do jeito que essa vida for, perfeita ou imperfeita aos olhos humanos.  

Mãe, aqui entendi tudo. O amor me explicou tudo. E mesmo que eu nunca tenha pronunciado uma palavra sequer, eu falei a mais perfeita das linguagens. Eu falei do amor e com muito amor. Obrigado, pai e mãe, irmãos, avós, tios, família e toda Comunidade Mel de Deus, que sempre pediu por mim.

Deus não aliviou a minha Cruz, mas Ele cuidou de mim e me fortificou até o fim. Eu venci porque cumpri minha carreira de cristão. Cumpram também a de vocês, pois a luta que travam todos os dias por vidas dentro e fora do útero, consola muito o coração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Batista

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