“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1, 1-14).
Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca (1 Pedro 2, 22).
Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus (Coríntios 5, 21).
Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não podia ser manchado pelo pecado. Assim, em vista dos méritos de Cristo, Deus criou Maria Imaculada, preservada do pecado original para ser a Mãe de Deus. Se cremos que Jesus é Deus, não há como negar que Maria é Mãe de Deus. Theotókos é o título atribuído oficialmente à Maria no século V, no Concílio de Éfeso em 431.
Maria é a mulher do Gênesis. No seu sim, pisa a cabeça da serpente, e no padecer aos pés da Cruz,tem seu calcanhar ferido pela mesma serpente(Gênesis 1).
Nós, cristãos católicos, a amamos, a veneramos, mas não a adoramos como ensinam nossos irmãos protestantes, ora por desconhecimento, ora por maldade.
Veneramos de todo coração, pois fazemos parte da geração que a proclama bem-aventurada(Lucas 1, 48). Somos fruto de sua descendência, irmãos de Cristo, e assim, seus filhos. Não amar e ainda cultivar o ódio à mãe de Deus é optar por fazer parte da descendência da serpente (Gênesis 1, 15). E ela é sim, Nossa Senhora, Senhora das Graças, das Dores, da Luz.
Se Jesus a honrou, Ele que é o Senhor dos mandamentos (honrar pai e mãe), quem sou eu para não honrá-la? Deus é soberano, insondável, quis vir ao mundo pelo ventre de uma mulher, e istoeu não posso explicar ou questionar. É vontade divina! E usando a lógica divina, voltamos a Ele pelo mesmo caminho. Jesus é o caminho a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Ele. É o nosso intercessor junto ao Pai.
O pecado nos privou da convivência com Deus, e Jesus pelo seu sacrifício na Cruz, nos reconciliou. Ainda assim não podemos ir direto ao Pai, pois precisamos da intercessão de Jesus. E se Ele é Deus, como poderíamos ir direto a Ele? Recorremos, então, ao auxílio seguro da Virgem Santíssima, caminho pelo qual Ele mesmo escolheu vir a nós.
Receba Mãe, nosso amor, nossas súplicas e nos receba como teus filhos, assim como recebestes o discípulo amado aos pés da Cruz, pois somos todos discípulos amados de teu Filho. És a mais bela das mulheres, formosa, graciosa como Jerusalém, temível como um exército em ordem de batalha (Cântico dos Cânticos 6). Por fim, teu Imaculado Coração triunfará.
Antônio Bahia Corrêa Lima Júnior
Membro de Aliança da Comunidade Mel de Deus – João Pessoa