Alguns acontecimentos em nossas vidas, a princípio, são difíceis de serem entendidos.
Acreditar em Deus e depois entender.
Deus prepara tudo!
Os irmãos Santo Francisco Marto (11 de junho de 1908 – 04 de abril de 1919) e Santa Jacinta Marto (11 de março de 1910 – 20 de fevereiro de 1920) e a prima deles, a Irmã Lúcia, quando ainda eram crianças, foram escolhidos por Deus para serem testemunhas e o canal de ligação entre a Graça e o povo de Deus. Naquele momento de suas vidas (era o ano de 1916), elas ainda não estavam prontas para divulgar e semear tudo o que vivenciariam. E os fatos acontecidos em 1916 e 1917 mudariam completamente suas vidas e as vidas de muitos outros.
Quem foram Jacinta e Francisco Marto?
Jacinta e Francisco eram crianças típicas do Portugal rural da época. Não frequentaram a escola, e trabalhavam como pastores em conjunto com a sua prima Lúcia. De acordo com as memórias de Lúcia, Francisco era um rapaz muito calmo, gostava de música e muito independente nas opiniões. Jacinta era mais afetiva e muito mimada, emocionalmente mais frágil.
Na sequência das aparições, o comportamento dos dois irmãos alterou-se. Francisco preferia rezar sozinho, como dizia “para consolar Jesus pelos pecados do mundo”. Jacinta ficou aterrorizada por uma visão do Inferno ocorrida na terceira aparição. Ficou obcecada pela ideia de salvar tantos pecadores quanto possível através da penitência e sacrifício como pedia a Virgem Maria.
As três crianças, mas particularmente Jacinta e Francisco, praticaram mortificações e penitências. É possível que prolongados jejuns os tenham enfraquecido a ponto de os irmãos terem sucumbido à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918.
As três aparições do Anjo de Portugal
Era primavera de 1916 quando os três videntes pastoreavam os animais da família na Loca do Cabeço (Aljustrel – Fátima), quando lhes aparece o Anjo de Portugal. Aparentava ter 14 ou 15 anos, e, lhes disse: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com os rostos ao chão essa Oração. Depois ouviram o anjo dizer: “Orai assim: Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.
Na parte de trás da residência da Irmã Lúcia existe um local chamado Poço do Arneiro. Nesse local se deu a segunda aparição do Anjo de Portugal: Que disse aos videntes quando estavam brincando: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações Santíssimos de Jesus e de Maria, têm sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
A terceira e última aparição angélica se deu no local da primeira aparição, na Loca do Cabeço e assim foi dito aos pastorinhos pelo Anjo de Portugal que de joelhos, diante do Cálice Sagrado, diz: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo, entregou a Sagrada Eucaristia para Lúcia e o Cálice Sagrado para Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Oração e Comunhão
Por tudo que se avizinhava os pequenos pastorinhos precisavam estar preparados. Inicialmente, o Anjo de Portugal os ensina a rezar para que suas almas se preparassem para estarem em comum união com Deus. Observemos que eram crianças e que mesmo assim, Deus orientava que elas deveriam ter uma VIDA DE ORAÇÃO. A partir daquele momento conta-se que os três videntes viviam a rezar as Orações que o Anjo os ensinou. Na terceira e última aparição do Mensageiro acontece a Comunhão das crianças, o pedido de reparação dos pecados cometidos pela humanidade e que o coração de Deus fosse consolado.
A mensagem do Anjo aos pastorinhos de Fátima ensinam a nós, Mel de Deus, a importância de uma autêntica VIDA DE ORAÇÃO, que nos leva sempre a buscarmos estar na Graça de Deus para recebê-Lo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, na Santa Eucaristia e a fazermos reparação dos pecados cometidos.
A Divina Providência deseja que estejamos sempre conectados com o Céu através das nossas orações, que saibamos conhecer e sentir o Amor de Jesus Cristo, que está presente no coração de cada fiel após a Santa Comunhão. Finalmente, devemos encontrar nossa vocação, abrindo nosso Coração à Virgem Santíssima do Rosário de Fátima para que Ela, como Mãe de Deus Filho, nos mostre o caminho ao Céu.
Peçamos a intercessão de Santo Francisco e Santa Jacinta Marto para que tenhamos uma autênticae profunda vida de oração e roguemos ao Anjo de Portugal a graça da Comunhão diária que repara o Coração de Nosso Senhor!
Emmanuel Azevedo B. de Medeiros (Membro de Aliança da Comunidade Mel de Deus em João Pessoa-PB)
Equipe de colunistas da Mel de Deus – Formação
Fonte: Site Canção Nova e Com. Shalom (Adaptações)