Com grande alegria, celebramos no último sábado (22) a ordenação presbiterial dos diáconos Diego Castro, Jadson Rocha, Lucas Augusto e Lucas Salgado.

Na ocasião, Dom Waldemar (bispo emérito da Diocese de Luziânia) falou da alegria em acolher os quatro neo-sacerdotes, em consonância com a celebração da Cátedra de São Pedro. Confira a homilia na íntegra a seguir!

Felizes por Decreto Divino!

Faz pouco tempo, celebrávamos a execução de um decreto papal, aqui nessa Igreja que a tornou a Catedral do Espírito Santo. Desde esse dia, vinte e quatro de novembro do ano passado, essa cadeira passou a ser conhecida como a Cátedra do bispo de Luziânia. 

Ela e todas as cátedras do mundo inteiro, de todas as dioceses, hoje, reverenciam a Cátedra de Pedro. Celebramos hoje a festa da Cátedra de Pedro. De lá, o ensinamento e o testemunho da fé católica são continuamente confirmados na segurança da fé de Pedro, como ouvimos no Evangelho. 

E Jesus dirige essas palavras a Pedro: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu…”. Quando Pedro fala a verdade fundamental para os discípulos de Jesus e para nós, ele tem a sua profissão de fé confirmada pelo próprio Senhor, por aquele que tem a verdade e a vida.

“Feliz és tu Simão”. Na comunhão dos bispos, expande-se a alegria dessa bem-aventurança. De modo que hoje também, eu a sinto, com todos os bispos. E na docilidade e fidelidade da Igreja de Luziânia, sinto que essa alegria está presente nos corações de todos os fiéis católicos. Viver como Jesus, tal como revelado pelo Pai, na comunhão com o ministério petrino, o ministério do papa, sucessor de Pedro. Hoje louvamos pela vida e missão do Papa Francisco e pedimos por sua saúde nesta Santa Missa.

Tendemos sentir satisfação num acordo de ideias, quando estamos com alguém, sentimo-nos apoiados ou em escolhas e posturas comuns, numa lógica de confirmação de nós mesmos. Nós, pastores da Igreja, não estamos a serviço do nosso EU, da vaidade, na linguagem Paulina ele diria: “a serviço da carne”. Estamos a serviço da caridade na verdade, pelo poder do Espírito Santo. O ensinamento e o testemunho da fé, jamais impostos, são uma expressão de uma adesão livre, que nos tiram de nossas convicções e nos conduzem ao Pai, portanto o ensinamento da Igreja será sempre um ensinamento que nos ultrapassa, solicitando-nos, tirando-nos de nós mesmos. 

A profissão de fé de Pedro o comprometeu com o caminho do Senhor, nossa esperança é a de sermos atraídos e conquistados pela Palavra da fé, conquistados como peregrinos para além de nós mesmos, para a graça da conversão, testemunhando, na alegria do Espírito Santo, que o Senhor fez por nós maravilhas e santo é o seu Nome. Feliz és tu!

Pedro e sua Cátedra são a antítese, o oposto daquela pretensa verdade que divide, confirma individualismos, teses e guetos. Somos católicos e não guetos. Pedro e o simbolismo são o chamado à comunhão, à comunhão doída, que fere os egos, converte os egoísmos em fraternidade pelo poder da Cruz.

Pedro em sua Cátedra não reclama da submissão servil, seja a doutrina ou sua personalidade, mas solicita a proclamação de que Jesus é o Messias, único capaz de estabelecer um reino de irmãos. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do Céu outro Nome dado à humanidade pelo qual devamos ser salvos.

Aliás, estas palavras Pedro as dirigiu diante do sinédrio, após indicar que um homem aleijado tinha sido curado por meio do nome de Jesus, o Nazareno. E ele acrescentou: o Nazareno a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, esta é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular. Assim, as vidas de Pedro e Jesus estão unidas, em diálogo, em posse recíproca, comunicando-se uma à outra, um ao outro. É Jesus, pedra angular, que faz de Simão, pedra, aliás, Pedro. Sua vida é o Senhor nele vivendo.

Hoje testemunhamos nesta Assembleia festiva o encontro de Jesus e o Diego, Jesus e o Jadson, Jesus e Lucas Augusto, Jesus e o Lucas Salgado … num diálogo tão poderoso como o que teve com Simão Pedro, Jesus vai se comunicar a esses jovens irmãos, já diáconos, e no poder de sua cruz, de sua morte e ressurreição, os identificará consigo: sumo e eterno sacerdote. Feliz és tu!!!

Um dia aconteceu com cada um de nós, caros irmãos sacerdotes. Irmãos que acolho com afeto, com gratidão por suas vidas oferecidas, para que Ele por sua vez se ofereça ao Pai e aos irmãos em seu ministério de amor sacerdotal. A presença dos senhores fala da comunhão do presbitério, neste caminho de amor, que agora acolhe quatro novos irmãos numa fraternidade de amor e serviço. Eles, os quatro, chegam para estimular-nos para irmos além na identificação com o sumo e eterno sacerdote.

Saúdo com a mesma gratidão os diáconos, que trazem esses irmãos no serviço, na Igreja, agora provados na caridade diaconal, para receberem a graça da caridade dos pastores. Certamente, irão levar na memória a felicidade do tempo diaconal e sabem que poderão contar sempre com os senhores irmãos diáconos, sempre que necessário.  

Queridos religiosos (as), seminaristas e vocacionados, pais e familiares dos futuros sacerdotes, que Deus os abençoe sempre.

Aos pais, peço uma graça: que Deus lhes dê sabedoria abundante para continuarem apoiando os filhos na vivência de sua vocação, confirmada pela igreja. Continuam filhos, que precisam dos pais.

Saúdo ainda com grande afeto, todos os fiéis aqui das comunidades presentes, suas comunidades de origem e as que os acolheram ao longo do processo. 

Queridos diáconos, Diego, Jadson, Lucas Augusto e Lucas Salgado, de sua cátedra, Pedro lhes dirige uma palavra particular, aliás confirmada por Paulo nos Atos dos Apóstolos, os dois por assim dizer cantam em uníssono e Deus fala por Pedro na primeira leitura: “Sede pastores do rebanho confiados a vós. Cuidai dele!“.

Sim, cuidai dele! Ao dirigir a oração a Deus desde o nascer do Sol, peçam a graça de cuidar bem daqueles que encontrarão na missão ao longo do dia, em circunstâncias tão diversas. Hoje o Senhor os torna bons pastores, ou melhor, o Bom Pastor poderá continuar a missão em vós para o bem dos irmãos e irmãs. 

Sede pastores do rebanho confiado a vós, cuidando dele. Cuidai dele com o coração generoso, livremente, e como modelos do rebanho, Pedro lhes diz. Esse é o modo proposto por Pedro, certamente aprendido do Senhor, ele viu o Senhor. Cuidar com o coração generoso, livremente, como modelos. A própria celebração eucarística, dará forma ao ministério que hoje os alcança pela graça sacramental, da ordenação sacerdotal. 

Em cada Missa se recordarão que tudo isso é “mistério da fé” e não obra de nossas mãos. E o pouco que oferecemos, o fazemos recebendo das mãos dos fiéis, suas vidas no ofertório, como pão e vinho, que nos tornam testemunhas do poder misericordioso de Deus, num lugar tão privilegiado na assembleia. Tomando o pão nas mãos, dando graças e dizendo as palavras da consagração. Depois, tomando o cálice da nova e eterna aliança, dando graças novamente, e pronunciando as palavras da consagração do vinho. E tudo se faz novo neste momento. 

Basta cuidar do rebanho, convidá-lo e convocá-lo à comunhão, garantida pela unidade eclesial com o bispo diocesano e o sucessor de Pedro, o Papa.  A solidez do amor, do querer bem, do ir ao encontro, a força do deixar-se encontrar, do ofertar-se, serão expressão deste mistério da fé celebrado no altar. Precisamos afirmar que a Eucaristia, quando bem celebrada, é “EUCARISTIZANTE”, é um neologismo, a Eucaristia quando bem celebrada, é capaz de assemelhar-nos e transformar-nos a todos, naquele que se nos dá. Amém!

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