Alguns consideram a Bíblia algo arcaico, outros como algo que tem valor apenas em algumas restritas circunstâncias, outros ainda, como apenas histórias longe da realidade. Houve quem previu um prazo para a Bíblia deixar de ser usada, entretanto, ano após ano, continua a ser o “livro” mais vendido em todo o mundo. O que a torna diferente de tudo? O que a permite, ainda hoje, ser tão procurada?
A resposta é simples e é conhecida por todos nós: A Bíblia é a Palavra de Deus. Mas não basta apenas saber que a Bíblia é a Palavra de Deus. É necessário também experimentar essa Palavra que é “alimento e força”, como diz o Catecismo.
A Bíblia é o próprio Jesus-Palavra, porque a Palavra de Deus “se fez carne e habitou entre nós”. Por esse motivo, “a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, como venera também o Corpo do Senhor”. Toda a Palavra de Deus foi inspirada a diferentes homens e mulheres que, sob a ação do Espírito Santo, aceitaram ser instrumentos em sua mão para anunciar ao mundo a única palavra proferida pelo Pai: JESUS.
Desde o Gênesis até o Apocalipse, o Pai repete de diferentes formas, a verdade eterna do Filho que salva a humanidade. A centralidade da Bíblia na pessoa do Cristo, ressalta a mensagem de salvação do Pai à humanidade através do Filho, isto é, o projeto de amor de Deus a todos aqueles que foram atraídos por Jesus ao ser elevado da terra. O próprio Verbo atesta esse projeto ao afirmar: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Mas tudo isso deve nos levar à reflexão: Como tenho tratado a Palavra de Deus? Se a Igreja nos ensina que a Bíblia deve ser venerada, não seria correto o zelo em sua conservação ao invés de deixá-la em qualquer lugar ou de qualquer jeito? Se ela é o próprio Jesus-Palavra, não seria conveniente que estabelecêssemos uma relação próxima e frequente, tendo em vista que o objetivo do católico é a eterna união com Cristo?
Irmãos, peçamos ao Espírito Santo a graça de amarmos as Sagradas Escrituras como o Verbo de Deus deve ser amado. Aumentemos não apenas o zelo, mas também o desejo de conhecer mais e experienciar com a vida, a Palavra de Deus. Que o Senhor nos conceda a graça de dizer, assim como o salmista: “Eu anseio pela tua salvação, espero na tua Palavra”.
Por Júlio Lobo
Seminarista Diocesano, Membro da Comunidade de Vida