Não teremos a tecnologia de Wakanda, mas temos a Santa Igreja Católica que, pela graça da sabedoria no Espírito Santo nos orienta a viver a vontade de Deus.

Antes mesmo da estreia tão esperada do ano, algumas salas de cinema já estavam esgotadas para a exibição de Vingadores Ultimato. Muitos se anteciparam e, num misto de ansiedade e fuga de possíveis spoilers, compraram com antecedência seus ingressos, a fim de desfrutar o mais brevemente do tão aguardado espetáculo.

Assim como a Marvel ou a DC, várias editoras criam e publicam diversas histórias de super-heróis que defendem o mundo, ou os mundos, de vilões que desejam dominá-lo. São histórias cheias de fortes emoções e situações surpreendentes, com mocinhos e mocinhas, honradez, virtudes, desfechos e atos heroicos que nos arrancam os mais diversos sentimentos. Totalmente tomados por cada enredo, chegamos até mesmo a desejar fazer parte do universo fictício que nos provoca emoções reais.

Nos identificamos com os personagens, e até prestamos nossas homenagens com camisas que fazem referência aos heróis que gostamos, ou optamos por ir de cosplaypara pré-estreia. No fundo, percebemos que às vezes queríamos ser realmente um deles ou fazer parte do “time”. Nos encontramos com um desejo ser sermos heróis e viver cada aventura, cada missão. Desejamos ter uma vida cheia de emoções, dinâmica e com superpoderes para nos ajudar e ajuda a quem amamos. Mas, basta pararmos e contemplarmos a nossa existência e vamos perceber que a nossa realidade é a história mais fantástica de todas.  

Somos frutos do transbordamento de Amor que reside no Mistério da Santíssima Trindade. Criados imagem e semelhança de Deus. Deus Pai que, contemplando o Filho, nos criou por meio da ação do Espírito Santo, o sopro da vida. Filhos de um Deus, ou melhor, o único Deus. Conforme já nos afirmou o virtuoso Capitão América, “Só existe um Deus e Ele não se veste assim!” – referindo-se ao figurino de Thor em The Avengers (2012).

Deus sonhou e desejou cada um de nós e todos foram e são parte do seu Plano de Amor.

Quando Deus nos criou tudo estava em perfeita harmonia, até que parte dos Seus servos ficaram cheios de inveja do Plano de Amor de Deus para suas recém criaturas. O líder dos servos traidores, Lucifer, colocou desconfiança no coração do homem, criatura, levando-o a desejar ser como Deus, Criador. O intuito era provocar um abismo cada vez maior entre o homem e Deus, o homem e sua essência.

Dessa forma, o homem estaria distante do Plano de Amor de Deus, distante da sua dignidade de filho, criado pelo amor, por amor e para amar. Sendo fadado a uma existência tomada pela concupiscência do pecado, imerso na obsessão do poder, do prazer e do possuir, distante do pleno sentido de sua vida. O homem estaria condenado a uma vida vazia e centralizada em si.

Mas Deus, em seu infinito amor e misericórdia, restituiria todo o Plano de Amor da Sua criação. E no percurso de uma longa jornada, enviou vários sinais por meio de profetas, como vemos nos spoilers do Antigo Testamento que anunciam a Obra Nova do Novo Testamento.

Inúmeras sequências e histórias transcorreram num elenco de muitos personagens, com fugas, guerras, dilúvio, pragas, homens e mulheres atravessando o mar a pé enxuto, e muitas, mas muitas outras empreitadas.

Até que uma jovem de corpo, alma e coração puros, recebeu a visita de um anjo. Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para a redenção do homem, e a jovem Maria foi o portal da salvação, o sacrário vivo do Amor encarnado.

Jesus nasceu e cresceu. Na sua missão Ele não usou armas ou qualquer tecnologia alienígena, mas o maior de todos os seus poderes é o Amor, que também se manifesta na sua Misericórdia. Jesus digladiou contra as concupiscências do pecado – o poder, o prazer e o possuir – com a obediência, a castidade e a humildade. E digladiando nos ensinou a também lutarmos. Morreu e, surpreendentemente, morrendo Ele venceu a morte!

Ressuscitou! Resgatou e redimiu todos os filhos de Deus, de Adão aos que ainda nem nasceram. À humanidade enganada, Ele revelou a verdade do Amor por meio do Espírito Santo, dado a cada um de nós por meio do nosso batismo. Jesus salvou todos os homens e mulheres do vilão que se fez príncipe deste mundo e deseja escravizar a humanidade.

Portanto, Deus foi e é revelado ao mundo através do Seu Filho, Jesus Cristo. Ele reuniu e reúne discípulos, os santos e humildes heróis que O seguiram e seguem na missão de salvar e libertar toda humanidade, destruindo o abismo criado pelo pecado.

E tudo isso é real!

É a nossa história!

A minha história!

A sua história!

É a nossa verdade!

Somos nós também chamados a nos juntarmos a Jesus e aos santos nessa gloriosa missão, colaborando com a reconciliação do coração do homem com Deus, com o amor e por meio da misericórdia.

Busquemos conhecer a história dos santos e humildes heróis que nos antecederam, e perceber o quanto nos identificamos com eles nas suas lutas e sacrifícios diários pela santidade, pela oferta de vida, pelo outro.

Não teremos o martelo do Thor ou o escudo do Capitão América, mas temos mais que isso. Temos a Eucaristia que nos sustenta e dá vigor, o sacramento da reconciliação que nos revigora diante de possíveis quedas, quando perdemos alguma batalha. Contamos com o poder e a graça do Espírito Santo, os dons infusos de santidade e os efusos para evangelização, temos a graça das virtudes.

Não teremos a Torre Stark, mas temos a Santa Mãe, a Virgem Maria. Torre e fortaleza intercessora, podemos contar com o poder da sua intercessão, ela que é portal da salvação e nos leva ao Seu Filho. Não teremos a tecnologia de Wakanda, mas temos a Santa Igreja Católica que, pela graça da sabedoria no Espírito Santo nos orienta a viver a vontade de Deus. A Igreja, que é esposa de Cristo e via de salvação para nossas vidas, nos conduz ao Esposo.

Longe de toda vaidade, um coração que deseja ser um herói, na verdade deseja ser santo!


Fonte: Comunidade Católica Shalom 

Por Jordânia Quinino
Consagrada da Comunidade de Aliança

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